Ministros do STF Discordam da Prisão de Bolsonaro

Um integrante da Corte classificou a decisão de Moraes como “precipitada

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A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes em virtude de suposto descumprimento de medidas cautelares, não repercutiu bem entre os membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Principais Pontos da Discordância:

  1. Classificação da Decisão: Um integrante da Corte classificou a decisão de Moraes como “precipitada”.

  2. Aguardando Julgamento: Outro membro do Tribunal sugeriu que o “mais sensato” seria esperar o desfecho do julgamento da ação penal (AP) que trata de uma suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro, réu nessa AP, enfrenta poucas chances de escapar de uma eventual condenação.

  3. Tensões Políticas: Um juiz do STF expressou que a ação de Moraes acirra os ânimos da política, especialmente após as sanções dos Estados Unidos. Apesar de a Corte ter adotado um discurso de altivez publicamente, há receios nos bastidores sobre o patrimônio no exterior e a segurança de familiares, que podem ser alvos de punições.

Outras Divergências no STF:

  • Nota Institucional: Na semana passada, foi revelado que a nota institucional do STF de apoio a Moraes, em resposta à Lei Magnitsky, não foi acordada com todos os membros da Corte. Muitos ministros não foram consultados sobre o documento.

  • Falta de Comparecimento: A divisão entre os ministros ficou evidente quando cinco deles (André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli, Luiz Fux e Cármen Lúcia) não compareceram a um jantar organizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. O encontro contou com a presença de outros membros do STF e autoridades do governo.

Fonte: Revista Oeste